terça-feira, 11 de agosto de 2015

 VIVA UM POUQUINHO, AME UM POUQUINHO


O 28° filme de Elvis Presley é um dos mais divertidos e descontraídos. O protagonista Greg é um personagem que se diferencia dos últimos apresentados, mesmo que muitas coisas ainda estejam presentes.

Comcanção It´s Wonderfull World, Elvis dirige um carro feito louco pelas ruas da cidade e pelas praias, deixando toda a seqüência bastante divertida. A montagem é eficiente e confere um clima super agradável a toda projeção. Mas é após os créditos super criativos, que Greg conhece uma garota possuidora de inúmeras personalidades diferentes (Michele Carey), começando de vez toda a confusão.

Após vencer os primeiros 15 minutos de projeção, o público percebe nitidamente que se trata de uma produção diferente, de um filme diferente de Elvis Presley. O roteiro que vinha sempre sendo simplório, desta vez brinda o telespectador com personagens super interessantes, em destaque as inúmeras personalidades da personagem de Carrey. Consegue com perfeição se dar bem em cena, mesmo com a forte presença de Elvis ao seu lado.

Mesmo que se trate de uma comédia, percebe-se claramente um avanço em várias características, que antes não eram ao menos abordadas. Aqui temos a estrela feminina sofrendo de múltiplas personalidades, o que trás ao filme dezenas de boas oportunidades de levar o público aos risos, mas não se esquecendo de tratar de assuntos um pouco mais sérios e ‘adultos’.

O filme é baseado no romance Miss My Firm But Pliant Lips do autor Dan Greenburg e transposto para as telonas pelo velho conhecido de Elvis, Norman Taurog, cineasta que dirigiu Elvis em 9 filmes. Toda a trama é irreverente e divertida, com fortes tons sarcásticos e uma maior exploração feminina, deixando o protagonista por várias vezes em segundo plano. As confusões envolvendo o cão da protagonista é sensacional (na verdade, este cachorro é de Elvis, e seu nome realmente é Albert, como mostrado no longa).

Temos uma leve diminuição de canções durante a projeção, porém as que aparecem encantam por sua beleza, transmitindo muito bem o clima divertido das cenas. A canção da abertura já citada It´s Wonderfull World é super eficaz para abrir com alto astral a projeção. Um clipe super criativo e bem filmado de Edge Of Reality também é um dos grandes momentos do filme. Todo um clima psicodélico é construído, nunca visto antes nestes filmes.

Edge Of Reality se mostra um dos grandes destaques da obra, mesmo que começando bem estranha e sem pouco sentido, misturando todos os personagens (até o cachorro Albert) em volta de Elvis em um mundo diferente e colorido. A letra é perfeita para o momento, e transmite muito bem sua mensagem, direcionada aos personagens e seus relacionamentos.

Outra grande canção do filme estourou recentemente nas paradas de sucesso da Inglaterra, após ser mixada e lançada. A Little Less Conversation levou Elvis, mais de 20 anos após sua morte, novamente às paradas de sucesso, não apenas da Inglaterra, mas em muitos outros países, como os EUA, alcançando os primeiros lugares. Aqui no filme ela é cantada por Elvis ao lado de uma piscina, repleta de personagens. A energia da canção é extraordinária.

Live a Little, Love a Little é um filme super divertido, que contém várias canções magníficas do Rei do Rock, além de uma tentativa diferente de abordagem com sua trama e relacionamento dos personagens. Em 1968, com a volta de Elvis aos espetáculos, muita coisa mudou e o motivou novamente, sendo que algumas características podemos notar em seus últimos filmes, uma leve tentativa de mudar um pouco seus filmes repetitivos. Vale a pena ser conferido.

Músicas apresentadas no filme:
* Wonderful World
* Edge of Reality
* A Little Less Conversation
* Almost in Love

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